Por Eduardo Müller Saboia, M Sc.
“O pulso ainda pulsa”. O verso da música “O Pulso” da banda Titãs atualmente mereceria um ponto de interrogação no final. Em plena semana de eleições municipais, para prefeitos e vereadores, foram confirmadas tendências de indicadores que se degradam a cada dia. O país piorou novamente em rendimento educacional, em produtividade, teve aumento na taxa de desemprego, piora do percentual da dívida pública sobre o PIB e a queda nos rendimentos dos trabalhadores frente ao mesmo período do ano passado foi novamente confirmada. As contas de 2017 começam a chegar com reajustes acima de 10% e mesmo assim sindicatos realizam paralisações míopes, como se o país e as empresas em geral nadassem de braçada, exigindo aumentos salariais, manutenção dos empregos e melhora da economia. Fácil, não? Para se ter tudo isso basta queimar pneus nas rodovias ou fechar as portas que tudo se resolverá.
O Brasil está diferente e talvez alguns setores ou pessoas ainda não tenham percebido. A palavra crise em mandarim é formada por duas letras, uma traz o sentido de perigo, e a outra de oportunidade. Parte das empresas e profissionais entenderam muito bem isso e aproveitaram a crise para amadurecer, para cortar custos, para direcionar melhor os investimentos e o caro dinheiro por vezes disponível no mercado. Para cortar custos e para estarem protegidos de crises e ameaças de greves que já fazem parte do calendário sindical, tendo ou não problemas, empresas se utilizam de modelos cada vez mais digitais, usam e abusam da inteligência artificial de programas computacionais, substituem os que reivindicam pelos que são mais amigáveis, pelos que não contestam e custam menos. Aproveitaram para revisar suas estruturas e inovar em produtos e processos.
Há tempos os aplicativos e caixas eletrônicos substituem integralmente o caixa e o gerente do banco. Este é apenas um exemplo, existem inúmeros nas mais diferentes profissões. E mesmo assim insiste-se somente em não abrir as agências pleiteando coisas do século passado, ao invés de se reinventarem em um setor que mudou drasticamente nos últimos anos. E poucos estão sentindo realmente falta das tradicionais agências ou do cafezinho com o gerente que só lembra de você de tempos em tempos, geralmente quando precisa alcançar uma meta, no final do mês.
Montadoras estão cada vez mais migrando para os países asiáticos, com mão-de-obra mais barata e mais preparada. Com custos elevadíssimos e mão-de-obra cara e por vezes despreparada, não há porque resistir. Até porque trazer um container da China para o Brasil é mais barato que um serviço de motoboy de Sorocaba à Campinas, distantes em míseros 85,8 km. Convites elaborados em aplicativos e enviados pelo WhatsApp estão substituindo a indústria de confecção de convites para festas! Inúmeros os exemplos de que o mundo mudou!
Fato é que, infelizmente, os rendimentos dos profissionais brasileiros vêm caindo. Seja na indústria, em serviços, na saúde, no agronegócio, em qualquer setor. Com uma taxa de desemprego beirando os 12%, com perspectiva de piora até o final do primeiro trimestre do próximo ano, não há o que comemorar e há muito com o que se preocupar. E o desemprego ainda não atingiu o serviço público. Quando isso ocorrer, serão milhares de pessoas no mercado procurando emprego na iniciativa privada, enfraquecida. A renda tem caído mês após mês e já está quase 5% menor que no ano passado, fruto da redução na atividade econômica.
A mão-de-obra está sendo substituída e será ainda mais. Se os profissionais e os mais de 15.000 sindicados não se reinventarem e continuarem a bater na mesma tecla, “empresário burguês é desonesto e deve bancar o pobre e honesto trabalhador”, não terão mais a quem protestar e o que reivindicar. Eles simplesmente continuarão a ir embora do país.
Os índices da economia estão ruins? Sim, estão. As taxas de desemprego estão elevadas? Sim, estão. Os salários estão ficando mais baixos? Sim. O brasileiro produz pouco se comparado a outros 180 países? sim. Nosso nível de educação é péssimo? Sim, o pior em décadas. Você está fazendo algo diferente para mudar a situação? Uns dirão que sim, outros que não.
E ao protestar contra um banco digital, bloquear uma estrada com pneus queimados, ao impedir a entrada de profissionais nas empresas espera-se que a economia melhore? Espera-se que os bancos voltem a ter milhares de caixas e filas de espera, àquelas vistas na hora dos almoços de antigamente? Espera-se que os bancos realmente distribuam seus lucros? Acredita-se que os custos dos fretes caiam pela metade?
Enquanto aqui se tenta brigar e enfraquecer o “sistema” (esta eu acho ótima!), em outros países se faz mais educação, se gera mais PIB, há menos “mimimi” e mais produtividade. Fazem mais com menos, melhor e mais barato. A culpa é do “sistema” ou de quem participa dele? Os brasileiros terão melhores rendimentos quando provarem que produzem, sistematicamente, mais que os outros.Continua-se a colher o que insistentemente se planta neste país. Desculpas e protecionismo, baseados em regras, leis e procedimentos mal elaboradas e ineficientes.
Fica a reflexão!
O Brasil está diferente e talvez alguns setores ou pessoas ainda não tenham percebido. A palavra crise em mandarim é formada por duas letras, uma traz o sentido de perigo, e a outra de oportunidade. Parte das empresas e profissionais entenderam muito bem isso e aproveitaram a crise para amadurecer, para cortar custos, para direcionar melhor os investimentos e o caro dinheiro por vezes disponível no mercado. Para cortar custos e para estarem protegidos de crises e ameaças de greves que já fazem parte do calendário sindical, tendo ou não problemas, empresas se utilizam de modelos cada vez mais digitais, usam e abusam da inteligência artificial de programas computacionais, substituem os que reivindicam pelos que são mais amigáveis, pelos que não contestam e custam menos. Aproveitaram para revisar suas estruturas e inovar em produtos e processos.
Há tempos os aplicativos e caixas eletrônicos substituem integralmente o caixa e o gerente do banco. Este é apenas um exemplo, existem inúmeros nas mais diferentes profissões. E mesmo assim insiste-se somente em não abrir as agências pleiteando coisas do século passado, ao invés de se reinventarem em um setor que mudou drasticamente nos últimos anos. E poucos estão sentindo realmente falta das tradicionais agências ou do cafezinho com o gerente que só lembra de você de tempos em tempos, geralmente quando precisa alcançar uma meta, no final do mês.
Montadoras estão cada vez mais migrando para os países asiáticos, com mão-de-obra mais barata e mais preparada. Com custos elevadíssimos e mão-de-obra cara e por vezes despreparada, não há porque resistir. Até porque trazer um container da China para o Brasil é mais barato que um serviço de motoboy de Sorocaba à Campinas, distantes em míseros 85,8 km. Convites elaborados em aplicativos e enviados pelo WhatsApp estão substituindo a indústria de confecção de convites para festas! Inúmeros os exemplos de que o mundo mudou!
Fato é que, infelizmente, os rendimentos dos profissionais brasileiros vêm caindo. Seja na indústria, em serviços, na saúde, no agronegócio, em qualquer setor. Com uma taxa de desemprego beirando os 12%, com perspectiva de piora até o final do primeiro trimestre do próximo ano, não há o que comemorar e há muito com o que se preocupar. E o desemprego ainda não atingiu o serviço público. Quando isso ocorrer, serão milhares de pessoas no mercado procurando emprego na iniciativa privada, enfraquecida. A renda tem caído mês após mês e já está quase 5% menor que no ano passado, fruto da redução na atividade econômica.
A mão-de-obra está sendo substituída e será ainda mais. Se os profissionais e os mais de 15.000 sindicados não se reinventarem e continuarem a bater na mesma tecla, “empresário burguês é desonesto e deve bancar o pobre e honesto trabalhador”, não terão mais a quem protestar e o que reivindicar. Eles simplesmente continuarão a ir embora do país.
Os índices da economia estão ruins? Sim, estão. As taxas de desemprego estão elevadas? Sim, estão. Os salários estão ficando mais baixos? Sim. O brasileiro produz pouco se comparado a outros 180 países? sim. Nosso nível de educação é péssimo? Sim, o pior em décadas. Você está fazendo algo diferente para mudar a situação? Uns dirão que sim, outros que não.
E ao protestar contra um banco digital, bloquear uma estrada com pneus queimados, ao impedir a entrada de profissionais nas empresas espera-se que a economia melhore? Espera-se que os bancos voltem a ter milhares de caixas e filas de espera, àquelas vistas na hora dos almoços de antigamente? Espera-se que os bancos realmente distribuam seus lucros? Acredita-se que os custos dos fretes caiam pela metade?
Enquanto aqui se tenta brigar e enfraquecer o “sistema” (esta eu acho ótima!), em outros países se faz mais educação, se gera mais PIB, há menos “mimimi” e mais produtividade. Fazem mais com menos, melhor e mais barato. A culpa é do “sistema” ou de quem participa dele? Os brasileiros terão melhores rendimentos quando provarem que produzem, sistematicamente, mais que os outros.Continua-se a colher o que insistentemente se planta neste país. Desculpas e protecionismo, baseados em regras, leis e procedimentos mal elaboradas e ineficientes.
Fica a reflexão!

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